Eu, você, sua vizinha, a amiga da sua amiga, sua mãe, NÓS MULHERES, na maioria, somos apaixonadas por maquiagens e
cosméticos, mais dificilmente nos perguntamos e aí?! De onde veio? Para onde vai?
Eu particularmente nunca tinha parado para pensar em como chegamos até o nível de desenvolvimento de maquiagens e produtos de cuidados com a pele, e eis que me deparo com a história de Helena Rubinstein na Vogue Brasil de setembro, de verdade, estou encantada.
Mulher excepcional, exigente, curiosa,
elegante, Helena Rubinstein, a “imperatriz da beleza”, como ficou
conhecida, conquistou mulheres, democratizando a cosmética com seus
produtos de qualidade e comprovados efeitos, e transformando sua grife,
carinhosamente chamada de HR, em um ícone do segmento.
Helena era uma mulher a frente do seu tempo
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A história
A
história começou no dia 25 de dezembro de 1871, na Polônia (região da
Cracóvia), quando nasceu Chaja Rubinstein, que mais tarde adotaria o
nome de Helena. Motivada por uma incrível determinação, ela parte aos 18
anos de idade para a Austrália com o objetivo de trabalhar na casa de
um boticário. Lá, a jovem polonesa, através de muitas pesquisas, criou e
desenvolveu fórmulas inovadoras e ungüentos, passando à vendê-las por
correspondência, até criar o Valaze, um creme de tratamento facial,
formulado à base de ervas, que se transformou em um enorme sucesso e lhe
abriu as portas para uma nova vida, inaugurando assim seu império do
setor de beleza e revolucionando os conceitos de tratamentos
tradicionais.
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O
produto facial fez sucesso imediato entre as mulheres daquele país,
pois tinha um efeito restaurador e suavizador nas peles ressecadas e
queimadas pelo sol. Era uma receita, até então guardada a sete chaves,
de um húngaro amigo de sua família, especialista em cosméticos. Foi
Helena quem também introduziu a inovadora classificação entre peles
seca, normal e oleosa, que até hoje serve de parâmetro na indústria
internacional de cosméticos. Isto ocorreu em 1902, ano em que Helena
Rubinstein abriu o primeiro instituto de beleza do mundo na cidade
australiana de Melbourne, associando pela primeira vez na história a
dermatologia à cosmética. “Toda mulher pode ser bonita. Bastam 15 minutos diários e 5 dólares ao ano em creme facial”,
ludibriava Helena Rubinstein. Seus cremes, considerados milagrosos,
faziam mais do que hidratar, suas fórmulas chegaram a ser consideradas
milagrosas ao combater rugas e os efeitos do vento e do sol sobre a
pele. Estas fórmulas seriam retomadas mais tarde por toda a indústria
cosmética mundial.
O
segundo instituto foi inaugurado na cidade de Paris em 1906, e, um
terceiro, localizado em Mayfair, bairro elegante de Londres, no ano de
1908. Em 1915, mudou-se para Nova York, onde solidificou seu império.
Somente a partir de 1917, começou a fabricar e distribuir seus produtos
em grande escala. Depois da Primeira Guerra, ofereceu cosméticos
personalizados a suas clientes, determinando o tipo de pele de cada uma
delas. Ela também foi responsável pelo conceito de regime imposto às
mulheres. Trabalhadora incansável, Helena Rubinstein criou o conceito de
beleza saudável, lançando hidratante suave, pó-de-arroz e base
coloridos, e foi a primeira a produzir uma linha de cosméticos exclusiva
para os homens.--
À
frente de seu tempo, Helena Rubinstein foi uma grande pioneira na
indústria da beleza, ao distribuir seus produtos em lojas de
departamento e a criar a profissão de consultora. Foi no período da
Grande Depressão Americana que ela inaugurou salões e lojas em doze
grandes cidades americanas. Em 1932 a HR (como a marca ficou mais
conhecida) trouxe os primeiros produtos para o Brasil. Em 1953, ela
inovou novamente ao criar a Fundação Helena Rubinstein, sediada em Nova
York, que patrocinava projetos que visavam os direitos e o bem-estar das
mulheres e das crianças, e o desenvolvimento da educação, da ciência e
da cultura. “Fiquei rica graças às mulheres, portanto esse dinheiro deve ser usado para o benefício delas e de seus filhos”,
dizia ela, dona de um espetacular acervo de arte com obras de Matisse,
Dalí e Picasso, que ficavam expostas numa galeria de sua cobertura, em
Nova York.-
Em
1956, levou um elemento ativo biológico para seus cremes, com o
composto GAM, que conservava os tecidos. A partir daí, todo cosmético
seria regenerador e teria a ciência moderna em suas fórmulas. Isso deu
início a uma verdadeira corrida por desenvolvimento de tecnologias.
Surgiu o colágeno como princípio ativo e começaram as linhas
anti-envelhecimento. A visionária da beleza morreu no dia 1 de abril de
1965, deixando um legado para o segmento de beleza: a marca HELENA
RUBINSTEIN. Mais de duas décadas depois, a grife HR foi adquirida pelo
Grupo L'Oréal que continuou mantendo os mesmos princípios defendidos por
sua criadora: linhas de produtos oriundos de uma pesquisa apurada,
baseada na tecnologia mais avançada e num conhecimento cada vez mais
aprofundado dos mecanismos do funcionamento da pele.
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Desde
então as novidades introduzidas pela marca continuaram surpreendendo o
mercado como o Force C, um creme anti-envelhecimento, que utiliza de
forma pioneira a Vitamina C para amenizar, ou mesmo reverter, os efeitos
perversos dos radicais livres, lançado em 1995; e o Existence
Firmnesse, um produto que proporciona maior firmeza à pele utilizando em
sua formulação o soro; introduzido em 1997.-
Beikkk